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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O CIGARRO E OS DANOS AO MEIO AMBIENTE



Um cigarro aceso libera, progressivamente, mais de 4 mil compostos químicos na atmosfera, como monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, nicotina e alcatrão, que prejudicam a saúde e concentram cerca de 50 substâncias cancerígenas;

Além de prejudicar a saúde da pessoa que fuma, o cigarro agride o meio-ambiente já que florestas inteiras são devastadas para alimentar os fornos à lenha que secam as folhas do fumo antes de serem industrializadas. Dados mostram que para cada 300 cigarros produzidos uma árvore é queimada. Portanto, o fumante de um maço de cigarros por dia sacrifica uma árvore a cada 15 dias.

Os plantadores de fumo optam pelos agrotóxicos para obter safras cada vez melhores e em grandes quantidades. Como consequência está os danos à saúde dos agricultores e de suas famílias, tais como intoxicações agudas e incapacitação para o trabalho, e ao ecossistema em conseqüência da contaminação do solo, dos alimentos, dos animais e dos rios.

Outro dado importante é que os filtros de cigarros atirados em lagos, rios, mares, florestas e jardins demoram 100 anos para se degradarem. Cerca de 25% de todos os incêndios são provocados por pontas de cigarros acesas, o que resulta em destruição e mortes.

Os prejuízos causados ao meio ambiente estão diretamente relacionados ao cultivo do tabaco. O desmatamento em larga escala, para obtenção da lenha usada nas estufas onde é feita a cura (secagem) das folhas do tabaco, contribui para a ocorrência de erosões e destruição do solo que torna-se exposto às chuvas fortes e à insolação, e para a perda de matéria orgânica com conseqüente empobrecimento do solo.

Neste processo, queimam-se muitas árvores, na proporção de uma árvore para cada 300 cigarros produzidos. Dados de 1992/93 da Associação de Fumicultores do Brasil (AFUBRA), contabilizam 115.850 estufas para secagem do fumo no sul do Brasil. Neste período foram consumidas 37.505.000 árvores para o processo de secagem das folhas, o que dá a dimensão do impacto ambiental, principalmente ao se considerar a crescente expansão da lavoura fumageira no Brasil.

Além disso, árvores também são sacrificadas para a fabricação do papel utilizado na manufatura do cigarro. Em 1988, foram produzidos 157,9 bilhões de cigarros no Brasil, o que representou 526 milhões de árvores queimadas. Ainda que as zonas desmatadas sejam reflorestadas, não serão refeitas as condições naturais quanto à flora e à fauna da mata virgem.
 



De acordo com o Banco Mundial, o consumo do fumo gera uma perda mundial de 200 bilhões de dólares por ano. Esta perda é causada por diversos fatores, como sobrecarga do sistema de saúde com tratamento das doenças causadas pelo fumo, mortes precoces de cidadãos em idade produtiva, maior índice de aposentadoria precoce, aumento de 33% a 45% no índice de faltas ao trabalho, menor rendimento no trabalho, mais gastos com seguros mais gastos com limpeza, manutenção de equipamentos e reposição de mobiliários, maiores perdas com incêndios e redução da qualidade de vida do fumante e de sua família.


Mesmo assim, a receita proveniente da taxação do tabaco, a geração de empregos são argumentos empregados pela indústria fumageira no seu lobby econômico para convencer as instâncias governamentais da importância da indústria do fumo para a economia do país, o que, é claro, acaba por dificultar as ações de controle do tabagismo.


O recolhimento de impostos é muito significativo para a economia do país, mas os  decorrentes do tabagismo superam qualquer questionamento puramente econômico. O Brasil taxa, atualmente, o maço de cigarro em 74%, enquanto outros países como a Dinamarca o taxam em até 83%.




Fontes: ambiente.hsw.uol.com.br/tabagismo-danos-ecossistema.htm

BANCO MUNDIAL. "Novo desafio à saúde do adulto". Washington, DC: B. M., p.104-105, 1991.

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